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ToggleNão gostei do meu cabelo natural. E agora? Parte 2
Olá, mais uma vez!
Passou pela transição capilar e não gostou do seu cabelo natural? Calma que eu te ajudo!
Essa é a segunda parte desse artigo, então se você ainda não viu a primeira, está perdendo muuuito conteúdo que pode te ajudar.
Por lá falo um pouco mais sobre os motivos pelos quais você pode estar tendo dificuldades de gostar do cabelo natural e também procedimentos SEGUROS e que NÃO AGRIDEM OS FIOS para você ter o cabelo que quiser e principalmente que te faça se sentir linda e feliz.
Afinal…
SEU CABELO, SUA DECISÃO!
Clique aqui para conferir a primeira parte do artigo.
Transformação Capilar
Não gostar do cabelo natural é extremamente comum. Esse tipo de sentimento não acontece apenas na transição capilar, mas também em outros tipos de transição que gosto de chamar de TRANSFORMAÇÃO CAPILAR. Veja os exemplos:
- 1. Transformação capilar do liso para o cacho;
- 2. Transformação capilar do crespo para o cacho;
- 3. Transformação capilar do cacho para o liso;
- 4. Transformação capilar do ondulado para o liso ou para o cacho;
- 5. Transformação capilar de coloração;
- 6. Transformação de cortes.
São diversas possibilidades para você mudar o visual e ficar da maneira que se sente bem, porque é isso o que importa. A sua felicidade acima de tudo!!!
Clique aqui para saber o que é transformação capilar.
Histórias reais para você se inspirar
Agora que você já sabe que não tem NENHUM problema em não gostar do seu cabelo natural, quero te convidar a ler relatos de algumas clientes e amigas.
Elas passaram por situações como essa e aos poucos estão descobrindo e se permitindo estar com o cabelo que se sentem melhor.
Nesse artigo, quero apresentar a você histórias reais que tenho certeza que você vai se identificar.
1. Kelly Souza
“Me vejo no espelho, mas não enxergo minha identidade”
Primeiramente quero compartilhar o relato da Kelly. Uma jovem de 24 anos que alisa seus cabelos desde os 15 anos, mas decidiu dar uma nova chance aos cachos com a chegada da pandemia. Porém, aconteceu algo que ela não esperava. Veja:
“Eu nunca me senti bonita nem feminina com meus cabelos cacheados. Tinha muito volume e para não parecer desarrumada, sempre fazia um rabo de cavalo com vários elásticos amarrados bem forte para segurar o cabelo que ficava solto no penteado.
Minha mãe não deixava eu fazer alisamentos, pois ela tinha medo que pudesse me causar algum problema de saúde, mas me vendo triste todos os dias e com a autoestima bem baixa, ela acabou deixando e foi o melhor dia da minha vida.
Nunca me senti tão bonita com meu cabelo alisado. Lembro da sensação até hoje, foi libertador!
Meu desejo era poder passar os dedos pelo cabelo e colocá-los atrás da orelha. Parece brincadeira, mas até o banho e a lavagem eram incríveis.
Com a chegada da pandemia, comecei a me lembrar de como era meu cabelo natural e decidi parar com os alisamentos. Foi um choque! Recebi muitos elogios, todos dizendo que eu ficava mais bonita de cabelo cacheado, mas eu não me sentia bem.
Me via no espelho, mas não enxergava a minha essência, o cabelo cacheado já não fazia mais parte da minha identidade. Tentei vários tipos de cremes, penteados e texturizações, mas nada me deixava verdadeiramente satisfeita.
A transformação da Kelly
Então pensei bem e decidi fazer o que era melhor para mim, o que me deixava feliz.
Procurei a Kacau e fiz o alisamento 80% e a sensação foi a mesma de 10 anos atrás. Me senti bonita e feliz, principalmente porque essa técnica não agride os fios como as progressiva que eu fazia no passado.
A praticidade e leveza do cabelo liso me deixa mais confiante, mas estou muito feliz de ter tentado. Me permiti voltar aos cabelos naturais para me reencontrar”.
Me sinto feliz de novo!!!
2. Vanessa Leno
O segundo relato é da Vanessa. Uma amiga e também cliente do Studio Kacau Diaz Hair que vivenciou diversos momentos em sua vida de grande conflito com o seu cabelo. Confira a história dela:
”Meu nome é Vanessa e tenho 45 anos. Na minha família todos têm cabelo ou liso escorrido ou no máximo um liso para ondulado.
Bom, primeiramente nasci com o cabelo liso e depois ele foi cacheado, e minha mãe, como não sabia lidar com ele, sempre cortava.
Lembro de uma fase, em que ainda muito nova e muito magra – não tinha o corpo desenvolvido – e em um desses cortes BEM CURTOS que minha mãe pedia para o cabeleireiro fazer, as pessoas perguntavam se eu era homem ou mulher.
Não conseguia me sentir feminina, não fui estimulada a ter uma relação de cuidado e aceitação com o meu cabelo, complexada.
No colégio, todo o meu grupo de amigas tinha cabelo liso, no máximo um ondulado. Além de mim, só lá pelo ensino médio surgiu uma amiga com o cabelo bem cacheado, quase crespo, e ela sofria muito bullying. Isso me fez, mais uma vez, ter uma referência não tão positiva com relação a essa textura”.
A primeira transformação da Vanessa
Com pouco mais de 20 anos, resolvi ir a um salão para cortar. Meu estava bem próximo da cintura, e como o meu cacho é 3C, mais fechado, sempre cultivei o desejo de tê-lo mais aberto, foi então que o profissional me contou sobre a progressiva com a promessa de soltar os meus cachos.
Fiz o tal procedimento, só que meu cabelo ficou extremamente liso. Com o tempo a progressiva foi saindo e foi ficando como eu gostava.
Fiquei muito feliz com isso e recebia muuuuitos elogios dos colegas de trabalho. Os rapazes até começam a olhar para mim com outros olhos.
Tinha um rapaz que nunca falava comigo, paquerava todas as meninas e eu era ignorada, mas depois que alisei meu cabelo ele veio elogiar bastante entusiasmado. Nesse momento pensei:
Estou sendo aceita pela sociedade!
Quando fiz a progressiva pela segunda vez, os fios foram perdendo a vitalidade, tive queda, ele perdeu o brilho, ficando ralinho e sem vida. Então decidi cortar curto, pouco antes de casar. Na época não se falava sobre os tratamentos de hidratação, nutrição e cronograma capilar.
Então cortei, fiz mais uma vez a progressiva e finalmente ele ficou bonito novamente. Passando um tempo, decidi que não iria mais usar formol nos meus fios, mas já estava totalmente refém do cabelo liso. Por isso eu escovava e passava chapinha direto.
Aí me mudei de cidade, e sem conhecer nenhum profissional, abandonei completamente o meu cabelo deixando-o preso boa parte do tempo. Foi então que conheci a Kacau e ela me convenceu experimentar algo novo, ou melhor, resgatar a minha essência natural.
A segunda transformação da Vanessa
A minha transformação está sendo um processo diário. Não soube lidar com meu cabelo durante 43 anos, não vai ser em dois que tudo isso irá mudar. Tem dias que amo demais meus cachos, mas tem outros que não gosto tanto.
Comprei lenços, faço hidratação e umectação uma vez por semana e não abro mão disso. Acho meu cabelo mais prático hoje em dia e vou testando modos de finalizá-lo. É um processo contínuo de intensas descobertas.
A questão do cabelo cacheado é se permitir.
Eu ainda não sei se vou ficar com o cabelo cacheado para sempre,
a mudança veio em uma fase mais madura na minha vida. Hoje me sinto mais segura, confiante e tranquila com a minha imagem, porém adoro mudanças, então se lá na frente eu quiser alisar novamente, seu que poderei confiar na Kacau para isso.
Uma mulher belissima e empoderada!”
3. Luana Campos
A Lu é jornalista, modelo, atriz e mestre de cerimônias, mas que arca com os preconceitos ainda existentes na sociedade. Veja o relato dela.
Meu cabelo natural é um 4c. Fiz alguns papeis interpretando mulheres negras bem como diversos cursos para estudar os papeis. Em um dos estudos sobre matriz africana comecei a busca de quem sou eu.
Em 2019 eu tive um despertar sobre a minha negritude, me ver como uma mulher negra. Então comecei a questionar sobre o motivo pelo qual eu não usava o meu cabelo 4c que gosto de chamar de BLACK IMPERMEÁVEL.
O que me levava a usar os alongamentos há 15 anos e porque eu não me sentia bem com meus cabelos naturais.
Comecei uma busca para me empoderar de mim mesma, do meu corpo negro e também do meu cabelo.
A princípio, ainda na infância, eu me sentia feia e não conseguia dominar o meu cabelo natural, mas depois que entendi que isso fazia parte de um racismo estrutural, algo que fazia com a que a gente, mulheres negras e de cabelos crespos, se sentissem assim.
Nós ainda temos poucas pessoas negras em destaque com seus cabelos crespos.
A primeira transformação de Luana
Após um período usando as laces, fui a um salão e o profissional fez um Pixie Cut, um corte mais curtinho. Meu objetivo era fazer ele crescer de forma mais saudável, mas não me senti bem”.
Não me senti feminina com um cabelo tão curto, fora o trabalho que dava para arrumar e finalizar.
Foi então que cheguei até a Kacau que fez o processo de cachoterapia, mas ainda não ficou como eu queria, sem contar que eu não tinha disciplina para seguir com o cronograma capilar que ela me recomendou.
Após isso voltei com apliques, fiquei com eles por um tempo, mas no início desse ano decidi voltar com as tranças depois de 15 anos.”
Me sentia muito bonita com essas tranças, fora o significado potente que elas têm. Mas na área de atriz e mestre de cerimonias eu não estava sendo bem aceita. Recebia pedidos de orçamentos, mas não não fechavam o contrato quando me viam.
Por isso que a diversidade é algo que precisa ser falado e muito bem estudado dentro das empresas em geral.
Eu tenho mudado bastante e estou muito feliz com isso porque sei que a minha autoestima está cada vez mais tranquila. Estou me permitindo e me despindo aos poucos.
Atribuo isso à minha maturidade de idade, mas também à maturidade emocional!
A segunda transformação
Atualmente estou usando cabelo sintético, trançado na frente e a partir disso percebi o quanto estamos cheios de paradigmas, as pessoas começaram a me achar linda, mas se eu fico só de trança, sou podada de alguma maneira.
O cabelo é sim uma ferramenta muito importante para a autoestima. Acredito que tenha influência do aspecto psicológico e espiritual.
Tem mulheres com cabelos ralos, outras não tem cabelos, outras mulheres negras de pele retinta que tem cabelos 2c e 3c. Somos muito diversas.
Você sente-se bem? Esta munida de si mesma? Você já se viu sem esse cabelo?
Se você quiser cortar, raspar, mudar mesmo que sociedade ache estranho, mas mesmo assim você não vai se perder de si, então use o cabelo que você quiser.
Muna-se de historias para saber quem é você com ou sem esse cabelo!
Eu acredito que isso é importante porque nós, mulheres, já somos, boa parte do tempo, sugestionadas a quereres que não são nossos.
É importante você se conhecer em todas as suas fases da sua vida, entender que o cabelo ou sua aparência diz respeito ao que você almeja e não ao que a sociedade nos molda ou impõe”.
Gostou? Só tem relato lindo nesse artigo, não acha?
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Beijos!